Nos anos
1960 no Brasil se via uma situação de amplas mobilizações dos trabalhadores da
cidade e do campo que exigiam melhores condições de vida. A ditadura militar de
1964 foi instalada no país com o intuito de quebrar essas mobilizações dos
operários, camponeses e oprimidos.
A ditadura
se instalou como em outros países do continente, com o apoio do Imperialismo
dos Estados Unidos, e ao contrário do que os velhos militares identificados com
o regime costumam defender não teve nada de “Patriótica”.
O regime
militar foi marcado pela entrega de terras a estrangeiros, pelo crescimento da
divida externa brasileira e por acordos com os EUA, como o chamado acordo MEC
–USAID (entre o ministério da educação e uma agência dos Estados Unidos) para
subordinar toda a educação brasileira aos interesses dos próprios EUA.
O regime é
responsável pela criação ou preservação de várias instituições antidemocráticas
que continuam intactas, como a policia militarizada, que hoje, com sua
estrutura militar, protagoniza um verdadeiro genocídio da juventude nas
periferias, atirando primeiro e perguntando depois.
Nos anos
que se passaram a ditadura demitiu dos seus empregos milhares de trabalhadores
que decidiam lutar pelos seus direitos. Perseguiu, torturou e prendeu milhares de militantes que
se opuseram ao regime e assassinou quase 500 pessoas. A própria presidente
Dilma foi torturada em Juiz de Fora pelos militares.
Quando as
fortes mobilizações de trabalhadores e estudantes do fim dos anos 70, como a
reconstrução da UNE e as greves do ABC foram retomadas, os movimentos populares
se uniram para exigir o fim do regime e a Anistia ampla geral e irrestrita,
para libertar os que ainda estavam presos.
A letra da
lei aprovada em 28 de agosto de 1979 pelo General Figueiredo, no entanto, foi
outra. Manteve presos ou exilados por vários meses dezenas de militantes, mas
serviu para “anistiar” militares e agentes do regime que tinham torturado,
sequestrado e assassinado a sangue frio centenas de pessoas.
Por isso
nessa data, em que se contam 33 anos da mal chamada “Lei da Anistia” viemos
manifestar para dizer que é necessário defender a memória, a verdade e a
Justiça nesse país!
A ditadura
acabou, mas seus criminosos continuam a solta e muitas das suas instituições
preservadas. Até hoje boa parte dos arquivos sequer foram abertos!
A Comissão
nacional da Verdade e as comissões em cidades e estados como a comissão
municipal da verdade recentemente aprovada na câmara de JF devem servir para
investigar os crimes cometidos pela ditadura militar e abrir as portas para que
se faça justiça!
- Só haverá verdade se houver justiça! Só
haverá justiça se houver punição!
- Punição aos criminosos da Ditadura
militar no Brasil!
CA História da UFJF, Juventude Revolução,
Consulta Popular, Juventude do PT, MST, CUT Regional Zona da Mata, SINPRO JF,
Associação de Pós Graduandos da UFJF
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