segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Em defesa da memória, da verdade e da justiça



Nos anos 1960 no Brasil se via uma situação de amplas mobilizações dos trabalhadores da cidade e do campo que exigiam melhores condições de vida. A ditadura militar de 1964 foi instalada no país com o intuito de quebrar essas mobilizações dos operários, camponeses e oprimidos.
A ditadura se instalou como em outros países do continente, com o apoio do Imperialismo dos Estados Unidos, e ao contrário do que os velhos militares identificados com o regime costumam defender não teve nada de “Patriótica”. 
O regime militar foi marcado pela entrega de terras a estrangeiros, pelo crescimento da divida externa brasileira e por acordos com os EUA, como o chamado acordo MEC –USAID (entre o ministério da educação e uma agência dos Estados Unidos) para subordinar toda a educação brasileira aos interesses dos próprios EUA.
O regime é responsável pela criação ou preservação de várias instituições antidemocráticas que continuam intactas, como a policia militarizada, que hoje, com sua estrutura militar, protagoniza um verdadeiro genocídio da juventude nas periferias, atirando primeiro e perguntando depois.
Nos anos que se passaram a ditadura demitiu dos seus empregos milhares de trabalhadores que decidiam lutar pelos seus direitos. Perseguiu,  torturou e prendeu milhares de militantes que se opuseram ao regime e assassinou quase 500 pessoas. A própria presidente Dilma foi torturada em Juiz de Fora pelos militares.
Quando as fortes mobilizações de trabalhadores e estudantes do fim dos anos 70, como a reconstrução da UNE e as greves do ABC foram retomadas, os movimentos populares se uniram para exigir o fim do regime e a Anistia ampla geral e irrestrita, para libertar os que ainda estavam presos.
A letra da lei aprovada em 28 de agosto de 1979 pelo General Figueiredo, no entanto, foi outra. Manteve presos ou exilados por vários meses dezenas de militantes, mas serviu para “anistiar” militares e agentes do regime que tinham torturado, sequestrado e assassinado a sangue frio centenas de pessoas.
Por isso nessa data, em que se contam 33 anos da mal chamada “Lei da Anistia” viemos manifestar para dizer que é necessário defender a memória, a verdade e a Justiça nesse país!
A ditadura acabou, mas seus criminosos continuam a solta e muitas das suas instituições preservadas. Até hoje boa parte dos arquivos sequer foram abertos!
A Comissão nacional da Verdade e as comissões em cidades e estados como a comissão municipal da verdade recentemente aprovada na câmara de JF devem servir para investigar os crimes cometidos pela ditadura militar e abrir as portas para que se faça justiça!

- Só haverá verdade se houver justiça! Só haverá justiça se houver punição!

- Punição aos criminosos da Ditadura militar no Brasil!

CA História da UFJF, Juventude Revolução, Consulta Popular, Juventude do PT, MST, CUT Regional Zona da Mata, SINPRO JF, Associação de Pós Graduandos da UFJF


terça-feira, 29 de maio de 2012

Os Estudantes e a Greve dos Professores

Greve é a forma mais comum de luta usada pelos trabalhadores. Recentemente, as greves que mais chamaram atenção na mídia foram as realizadas pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Militar em diversos estados. A paralisação dos professores federais se somou a esse grupo.

Reivindicando melhores condições de trabalho, melhores salários, e principalmente uma reestruturação da carreira, os professores da maioria das universidades federais entraram em greve. Na nossa UFJF não foi diferente, e o movimento teve início no dia 21 de Maio. O C.A. de História dá total apoio a greve dos professores, do mesmo jeito que apoiou no passado a greve dos técnicos administrativos. Vemos a luta por melhorias na carreira e contra a defasagem salarial como legítimas e importantes. Mas nossa intenção aqui não é apenas discutir a greve e sim prestar alguns esclarecimentos aos alunos.
 

Gráfico demonstrando o lugar dos professores doutores na remuneração dos cargos federais.


O DCE declarou greve dos estudantes em assembléia convocada na última semana. A ideia é tentar impedir que haja “meia greve” de professores, com alguns parados e outros dando aula. Isso prejudicaria demais a maioria dos estudantes, que deixariam de te ter férias ao ter que assistir aulas agora e no período de reposição. Sem falar na diminuição do número de ônibus e nos custos para os alunos que não são da cidade.

A Pós-Graduação funciona normalmente no período de greve, só sendo afetada a graduação. Não temos informação de nenhum professor do Departamento de História que tenha se recusado a entrar em greve e, portanto, todas as aulas estão suspensas até segunda ordem. O professor irá propor a sua turma a melhor forma de repor as aulas ao fim da greve, provavelmente com a elaboração de um novo Calendário Acadêmico.

Quanto as bolsas, somam-se mais dúvidas do que certezas. Os trabalhos da Iniciação Científica continuam normalmente, e a bolsa caíra mediante a frequência. O mesmo não podemos afirmar sobre as bolsas de monitoria, que estão diretamente ligadas as aulas que pararam com a greve. Recomendamos que o monitor entre em contato com o professor para saber se ele continuará lançando frequência. Em caso afirmativo, faça uma consulta a ProGrad sobre sua situação. Enquanto você tiver sua frequência sendo lançada, é seu direito receber sua bolsa!

Ao que tudo indica, a remuneração dos estágios e das bolsas de apoio deverá continuar normalmente, uma vez que o trabalho executado por estagiários e bolsistas não parou. O Apoio Estudantil informou que tudo continua como se não houvesse greve e qualquer alteração que poderá acontecer será lançada no site da UFJF.

Vocês podem contar com o C.A. de História caso tenham qualquer problema com a greve. Basta comunicar a algum membro que veremos o que pode ser feito. Estamos com os professores nessa luta, mas não vamos deixar de defender os estudantes por isso!
 C.A. de História - Gestão Construindo Diálogos 2011-2012
 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Sessões de Áudio e Vídeo


Entre os dias 7 e 11 de maio, a partir das 14 horas, acontecerão Sessões de Cinema Livres no Hall dos anfiteatros do ICH. Essas sessões já fazem parte das atividades promovidas pelo C.A. de História, dando um pontapé para a XXIX Semana de História, que ocorrerá na semana seguinte.

PROGRAMAÇÃO:
7/05/2012 - FILME > Pink Floyd, The Wall.
8/05/2012 - DOCUMENTÁRIOS > Surplus e Ordem Criminal do Mundo.
9/05/2012 - CURTAS E VÍDEOS > Sarajevo, de Godard; The Flower; Milton Santos, Por uma outra globalização; Ilha das Flores, de Jorge Furtado e outros mais.
10/05/2012 - FILME > Gattaca, de Andrew Niccol.
11/05/2012 - FILME > O Grande Ditador, de Charles Chaplin.

Lembrando que durante a Semana de História continuaremos com as Sessões de Áudio e Vídeo, sendo elas realizadas antes das Mesas-Redondas e Conferências, as quais estarão relacionadas as temáticas dos vídeos.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Estupro e Machismo na Universidade!



No dia 16 de Abril, a Tribuna de Minas veiculou a notícia que tanto nos chocou. Uma adolescente de 17 anos, estudante da UFJF, havia sido ESTUPRADA durante uma festa realizada no sábado (14), no Instituto de Artes e Design (IAD).
No mesmo dia a UFJF lançou uma nota lamentando o fato e se eximindo da culpa, já que a festa não teria sido organizada pela instituição e, sim pelos alunos.
Dois fatores nos saltam aos olhos diante deste caso. Primeiro, apesar da UFJF anunciar que investiu quase 10 milhões de reais em segurança nos últimos 4 anos, o sistema de vigilância não funcionou nem para prevenir o crime, e até o momento nem para identificar o(s) criminoso(s). Ainda por cima, demonstrando lentidão para investigar o caso, a Universidade demorou uma semana para abrir uma comissão de sindicância.
O segundo, e mais marcante, é que não estamos falando de um simples crime, mas sim de uma violência contra a mulher. Um tipo de violência que durante muito tempo foi considerada natural, devido à visão da mulher como um ser inferior e submisso ao homem.
Casos como estes demonstram que por mais que tenhamos caminhado no sentido de superar o machismo, ele ainda se faz presente em nossa sociedade da pior maneira possível. O abuso sexual contra mulheres mostra que o corpo da menina/mulher ainda é visto como um objeto por parte de determinados homens, objeto que pode ser tomado e usado mesmo sem consentimento.
O machismo se faz tão presente na nossa comunidade acadêmica que desde o ocorrido até hoje surgiram milhares de versões. Versões que em sua grande maioria tem a intenção clara de deslegitimar a denúncia da menina, ou pior culpá-la pelo o que aconteceu. No pensamento machista uma menina de 17 anos embriagada é como se estivesse “pedindo” para ser estuprada.
Entre as várias tentativas de negar a existência do machismo, de negar a violência contra a mulher, surgem também apologias ao crime, como comemorações pela retirada da virgindade da menina. Por outro lado, também surgem os primeiros atos promovidos pelo movimento estudantil que visam não apenas denunciar a violência contra a mulher, mas debater o machismo na Universidade.
Desta forma, continuaremos lutando para que o direito das mulheres à liberdade seja posto em prática no nosso cotidiano. Assim, nos mobilizaremos para que a reitoria tome atitudes que vão além do aumento da segurança na Universidade, pois sem a educação da sociedade para os direitos da mulher, não haverá câmera ou sensor de raio laser que impeçam que casos de violência contra mulheres se repitam.

Camila Martins
Laiz Perrut
Renata Fernandes

terça-feira, 10 de abril de 2012

Assembléia Geral dos Estudantes do ICH


Centros e Diretórios Acadêmicos convocam para  quarta-feira, dia 11/04, às 10:30 e às 20:30, no Anfiteatro do Instituto, uma Assembléia Geral dos Estudantes, para deliberar sobre formas de solucionar os problemas estruturais do Instituto.
Todo estudante do ICH sabe listar os vários problemas que enfrentamos diariamente no Instituto de Ciências Humanas. Problemas que vão desde os bebedouros até os bancos nas áreas externas, passando pelo prometido escadão do Direito, aos preços da cantina, Xerox, etc.
Desde o ano passado os CAs e DAs do ICH já realizaram diversas reuniões com o diretor do instituto. Nelas apresentamos uma carta listando 25 problemas e cobrando solução imediata para eles. Porém, não obtivemos mais do que promessas não cumpridas.
Por isso devemos utilizar da nossa recente vitória na luta por mais ônibus, e novamente mostrar nossa força exigindo de forma coletiva, que os problemas do instituto sejam resolvidos imediatamente.

É hora de exigir melhorias para o Novo ICH!

Assembléia Geral dos Estudantes do ICH, dia 11/04, às 10:30 e às 20:30.

PARTICIPEM E TRAGAM SUAS DEMANDAS.        
 

terça-feira, 3 de abril de 2012

Semana de História


Não é exagerado dizer que a Semana de História tornou-se um dos maiores e mais importantes eventos do calendário da Universidade Federal de Juiz de Fora. Realizada há vinte e oito anos – chegaremos à vigésima nona edição em maio -, o encontro, inicialmente circunscrito a debates municipais e regionais, atingiu expressão nacional. Os palestrantes, apresentadores de comunicação e ouvintes vêm de diversos estados para, ao longo de cinco dias, debater e acompanhar discussões de temas candentes no cenário acadêmico brasileiro e internacional.
A XXIX Semana de História – cujo tema é “Monarquias, Repúblicas e Ditaduras: entre liberdades e igualdades” -, a ser realizada no Instituto de Ciências Humanas da UFJF entre os dias 14 a 18 de maio, procurará seguir a filosofia construída nos últimos anos por sua comissão organizadora, sempre vinculada ao Centro Acadêmico de História da UFJF: aliar a experiência acumulada nos eventos anteriores à tentativa de progredir, inserindo, a cada ano, novidades e melhorias.
Como de costume, procuramos trazer a Juiz de Fora intelectuais de nossa área que sejam lidos por nossos graduandos e pós-graduandos. Neste ano, contaremos com a presença de historiadores como Jorge Ferreira, da UFF, e Sidney Chalhoub, da UNICAMP, além de diversos outros, que podem ser conhecidos na página do evento na internet. Além disso, a estrutura de comunicações científicas e mini-cursos – teremos três opções neste ano - será mantida.
Do ponto de vista das novidades, há muito a dizer. Pela primeira vez na Semana de História, formamos uma mesa integralmente composta por profissionais de outra área para discutir o tema central. Assim, teremos uma abordagem do problema da igualdade e da liberdade no Iluminismo pela ótica de três filósofos. Em segundo lugar, a comissão organizadora decidiu preencher espaços antes livres na agenda da Semana com novas atividades. Antes da primeira conferência, na tarde do dia 14, haverá uma oficina. Ao longo da semana, nos intervalos das conferências e mesas, faremos sessões de áudio e vídeo ligadas à temática. Finalmente, no lugar da tradicional conferência de encerramento, teremos uma mesa especial de debates. O texto a ser debatido será entregue aos ouvintes no ato da inscrição, e ele será comentado por dois professores especialmente convidados para este fim no dia 18. A autora do texto, a professora Miriam Dolhnikoff, da USP, também estará presente, e responderá às intervenções.
Participar do evento é uma grande oportunidade de crescimento intelectual, além de uma chance de conhecer de perto historiadores que admiramos. Por tudo isso, a gestão “Construindo Diálogos” do Centro Acadêmico de História da UFJF gostaria de convidar você a comparecer à XXIX Semana de História.
Para maiores informações, entre em nosso site: www.ufjf.br/semanadehistoria
Participe!

sábado, 24 de março de 2012

Quem sabe faz a hora: Ato por mais ônibus na UFJF e no ICH



Na última quarta-feira, dia 21 de Março, os estudantes do Instituto de Ciências Humanas deixaram suas aulas mais cedo para participar do Ato por mais ônibus na UFJF e no novo ICH. O Ato que surgiu da necessidade real dos estudantes foi convocado pela deliberação dos Conselhos de CA`s e DA`s do ICH – Concadinha. O movimento contou com o apoio e a participação de todos os Centros e Diretórios Acadêmicos do Instituto e, posteriormente teve a adesão do Diretório Central dos Estudantes – DCE.
Cerca de 300 estudantes dos mais variados cursos, das mais variadas correntes políticas ou ate mesmo de nenhuma delas, se uniram em torno de suas demandas e reivindicaram uma solução imediata para seus problemas, uma vez que, todos os diálogos já haviam sido esgotados.
A manifestação começou em um pátio do ICH, onde os alunos desceram a ladeira do Instituto e desviaram o fluxo de transito da Universidade, de maneira que todos os ônibus subissem ate o novo prédio. Em seguida, foi feita uma passeata até a sede da Reitoria, onde ocorreu uma Assembléia Geral.
Os primeiros resultados começaram a aparece no mesmo dia. A Settra,  que durante o último ano ignorou as diversas solicitações dos estudantes, logo após o Ato agendou uma pesquisa para verificar a demanda e o fluxo de passageiros no ICH. Essa pesquisa que ocorreu no dia 22 de março, terá seu resultado divulgado na próxima semana.
O acontecido mostra mais uma vez que, esgotadas as vias formais e as possibilidades de diálogo, os estudantes devem sair às ruas e ir à luta em defesa dos seus direitos. Porém essa luta não termina agora, ela só começou! A questão do transporte público em Juiz de Fora é só um dos grandes problemas que enfrentamos e aimnda está longe de ser solucionado.
Estudantes, venham até nós! Tragam suas reivindicações! Juntem-se à luta!
            ESTUDANTES, UNI-VOS!!!