quarta-feira, 25 de abril de 2012

Estupro e Machismo na Universidade!



No dia 16 de Abril, a Tribuna de Minas veiculou a notícia que tanto nos chocou. Uma adolescente de 17 anos, estudante da UFJF, havia sido ESTUPRADA durante uma festa realizada no sábado (14), no Instituto de Artes e Design (IAD).
No mesmo dia a UFJF lançou uma nota lamentando o fato e se eximindo da culpa, já que a festa não teria sido organizada pela instituição e, sim pelos alunos.
Dois fatores nos saltam aos olhos diante deste caso. Primeiro, apesar da UFJF anunciar que investiu quase 10 milhões de reais em segurança nos últimos 4 anos, o sistema de vigilância não funcionou nem para prevenir o crime, e até o momento nem para identificar o(s) criminoso(s). Ainda por cima, demonstrando lentidão para investigar o caso, a Universidade demorou uma semana para abrir uma comissão de sindicância.
O segundo, e mais marcante, é que não estamos falando de um simples crime, mas sim de uma violência contra a mulher. Um tipo de violência que durante muito tempo foi considerada natural, devido à visão da mulher como um ser inferior e submisso ao homem.
Casos como estes demonstram que por mais que tenhamos caminhado no sentido de superar o machismo, ele ainda se faz presente em nossa sociedade da pior maneira possível. O abuso sexual contra mulheres mostra que o corpo da menina/mulher ainda é visto como um objeto por parte de determinados homens, objeto que pode ser tomado e usado mesmo sem consentimento.
O machismo se faz tão presente na nossa comunidade acadêmica que desde o ocorrido até hoje surgiram milhares de versões. Versões que em sua grande maioria tem a intenção clara de deslegitimar a denúncia da menina, ou pior culpá-la pelo o que aconteceu. No pensamento machista uma menina de 17 anos embriagada é como se estivesse “pedindo” para ser estuprada.
Entre as várias tentativas de negar a existência do machismo, de negar a violência contra a mulher, surgem também apologias ao crime, como comemorações pela retirada da virgindade da menina. Por outro lado, também surgem os primeiros atos promovidos pelo movimento estudantil que visam não apenas denunciar a violência contra a mulher, mas debater o machismo na Universidade.
Desta forma, continuaremos lutando para que o direito das mulheres à liberdade seja posto em prática no nosso cotidiano. Assim, nos mobilizaremos para que a reitoria tome atitudes que vão além do aumento da segurança na Universidade, pois sem a educação da sociedade para os direitos da mulher, não haverá câmera ou sensor de raio laser que impeçam que casos de violência contra mulheres se repitam.

Camila Martins
Laiz Perrut
Renata Fernandes

terça-feira, 10 de abril de 2012

Assembléia Geral dos Estudantes do ICH


Centros e Diretórios Acadêmicos convocam para  quarta-feira, dia 11/04, às 10:30 e às 20:30, no Anfiteatro do Instituto, uma Assembléia Geral dos Estudantes, para deliberar sobre formas de solucionar os problemas estruturais do Instituto.
Todo estudante do ICH sabe listar os vários problemas que enfrentamos diariamente no Instituto de Ciências Humanas. Problemas que vão desde os bebedouros até os bancos nas áreas externas, passando pelo prometido escadão do Direito, aos preços da cantina, Xerox, etc.
Desde o ano passado os CAs e DAs do ICH já realizaram diversas reuniões com o diretor do instituto. Nelas apresentamos uma carta listando 25 problemas e cobrando solução imediata para eles. Porém, não obtivemos mais do que promessas não cumpridas.
Por isso devemos utilizar da nossa recente vitória na luta por mais ônibus, e novamente mostrar nossa força exigindo de forma coletiva, que os problemas do instituto sejam resolvidos imediatamente.

É hora de exigir melhorias para o Novo ICH!

Assembléia Geral dos Estudantes do ICH, dia 11/04, às 10:30 e às 20:30.

PARTICIPEM E TRAGAM SUAS DEMANDAS.        
 

terça-feira, 3 de abril de 2012

Semana de História


Não é exagerado dizer que a Semana de História tornou-se um dos maiores e mais importantes eventos do calendário da Universidade Federal de Juiz de Fora. Realizada há vinte e oito anos – chegaremos à vigésima nona edição em maio -, o encontro, inicialmente circunscrito a debates municipais e regionais, atingiu expressão nacional. Os palestrantes, apresentadores de comunicação e ouvintes vêm de diversos estados para, ao longo de cinco dias, debater e acompanhar discussões de temas candentes no cenário acadêmico brasileiro e internacional.
A XXIX Semana de História – cujo tema é “Monarquias, Repúblicas e Ditaduras: entre liberdades e igualdades” -, a ser realizada no Instituto de Ciências Humanas da UFJF entre os dias 14 a 18 de maio, procurará seguir a filosofia construída nos últimos anos por sua comissão organizadora, sempre vinculada ao Centro Acadêmico de História da UFJF: aliar a experiência acumulada nos eventos anteriores à tentativa de progredir, inserindo, a cada ano, novidades e melhorias.
Como de costume, procuramos trazer a Juiz de Fora intelectuais de nossa área que sejam lidos por nossos graduandos e pós-graduandos. Neste ano, contaremos com a presença de historiadores como Jorge Ferreira, da UFF, e Sidney Chalhoub, da UNICAMP, além de diversos outros, que podem ser conhecidos na página do evento na internet. Além disso, a estrutura de comunicações científicas e mini-cursos – teremos três opções neste ano - será mantida.
Do ponto de vista das novidades, há muito a dizer. Pela primeira vez na Semana de História, formamos uma mesa integralmente composta por profissionais de outra área para discutir o tema central. Assim, teremos uma abordagem do problema da igualdade e da liberdade no Iluminismo pela ótica de três filósofos. Em segundo lugar, a comissão organizadora decidiu preencher espaços antes livres na agenda da Semana com novas atividades. Antes da primeira conferência, na tarde do dia 14, haverá uma oficina. Ao longo da semana, nos intervalos das conferências e mesas, faremos sessões de áudio e vídeo ligadas à temática. Finalmente, no lugar da tradicional conferência de encerramento, teremos uma mesa especial de debates. O texto a ser debatido será entregue aos ouvintes no ato da inscrição, e ele será comentado por dois professores especialmente convidados para este fim no dia 18. A autora do texto, a professora Miriam Dolhnikoff, da USP, também estará presente, e responderá às intervenções.
Participar do evento é uma grande oportunidade de crescimento intelectual, além de uma chance de conhecer de perto historiadores que admiramos. Por tudo isso, a gestão “Construindo Diálogos” do Centro Acadêmico de História da UFJF gostaria de convidar você a comparecer à XXIX Semana de História.
Para maiores informações, entre em nosso site: www.ufjf.br/semanadehistoria
Participe!